A votação para o impeachment de Augusto Melo, marcada para segunda-feira (2), foi adiada após a Justiça de São Paulo emitir uma liminar impedindo o pleito. Após a vitória do Corinthians por 3 a 0 contra o Bahia, nesta terça-feira (3), o dirigente foi questionado sobre o tema.
“Deus me colocou no Corinthians e só ele pode me tirar. Eu quero é falar de planejamento, algo que o Corinthians nunca teve na vida. Essa política que tanto atrapalha a nossa instituição ficou para trás, o que eu quero é olhar para a frente”, disse o presidente.
O documento judicial, assinado pela desembargadora Maria Araújo Xavier, da 8ª Câmara de Direito Privado, afirma que a decisão visa evitar efeitos irreparáveis ao presidente Augusto Melo. A liminar recomenda a suspensão ou até mesmo o arquivamento do processo de impeachment até o fim do inquérito da Polícia Civil, que investiga possíveis irregularidades no contrato entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet, patrocinadora do clube nos primeiros seis meses da gestão. A oposição entende que a liminar não leva em conta fatores previstos no estatuto do clube e considera a decisão frágil. Conselheiros contrários à gestão de Augusto Melo trabalham para reverter o efeito judicial.
Melo passou a segunda-feira (2) dedicado ao pedido judicial e declarou não temer uma eventual destituição caso haja nova votação no Parque São Jorge. “O que atrapalha novas receitas é essa política suja. Se todos são torcedores, têm que pensar no Corinthians daqui para frente. Hoje temos um conselho independente, um conselho responsável que pensa na instituição. Eles sabem o que fazer, então isso não me preocupa. Deus me colocou aqui e só ele pode me tirar”, finalizou o dirigente.
Em sétimo lugar no Brasileirão, o Corinthians volta a campo no próximo domingo (8), às 16h, contra o Grêmio, em Porto Alegre, buscando consolidar sua vaga na próxima Copa Libertadores.
