Augusto Melo diz que Corinthians foi vítima em caso VaideBet

O presidente do Corinthians, Augusto Melo, prestou depoimento à Polícia Civil de São Paulo em meio à investigação sobre possíveis irregularidades no contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet. Após o depoimento, ele falou à imprensa e rebateu as acusações, classificando o processo de impeachment movido no Conselho Deliberativo como uma “movimentação política”.

“Eu queria depor há muito tempo”, disse o mandatário alvinegro, em declaração aos jornalistas na saída da delegacia. “A verdade está vindo à tona. Eu sempre quis prestar esse depoimento, e agora ficou claro que não tenho envolvimento com a empresa Rede Social Media Design.”

A empresa citada é suspeita de ser intermediária irregular no contrato de patrocínio com a VaideBet. Melo afirma que suspendeu os pagamentos assim que surgiram dúvidas sobre a legalidade da relação com a empresa. “A gente suspendeu tudo quando houve a denúncia. Quem pagava era a VaideBet, não o Corinthians.”

O presidente do clube também frisou que o processo de contratação da patrocinadora contou com a participação de vários setores do clube. “Não fui eu quem fiz o contrato. Foi o jurídico, o compliance, o marketing e o financeiro. A responsabilidade não foi minha. Eu não tenho como assinar um contrato de R$ 370 milhões sozinho.”

Augusto Melo também alegou que o nome da empresa de marketing responsável pelo contrato foi apresentado pelo ex-diretor de marketing, Marcelo Mariano, demitido no último mês. “O Marcelo me apresentou o presidente da VaideBet, e eu levei para dentro do clube. Depois, entrou o jurídico, o compliance e todo o corpo diretivo.”

Questionado sobre a possibilidade de impeachment, o presidente foi categórico: “Não tem motivo para impeachment. Isso é político. Estão tentando criar uma narrativa. Não existe nada jurídico.”

O caso chamou atenção dentro e fora do clube, inclusive entre conselheiros e torcedores. A oposição cobra mais transparência, enquanto aliados de Melo apontam uma tentativa de desestabilizar a gestão. O presidente finalizou seu pronunciamento afirmando: “Eu tenho um cartão corporativo de R$ 1 milhão e nunca usei. Estou aqui pra mostrar que não devo nada.”

As investigações seguem em curso, e novos depoimentos devem ocorrer nos próximos dias.

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