Gurian exalta corinthianismo e questiona dívida bilionária
O jornalista Luis Henrique Gurian faz parte de um seleto grupo de profissionais de imprensa ainda vivos com seguidas coberturas nacionais e internacionais de futebol.
Ex-Mesa Redonda da Gazeta e com passagens por emissoras de rádio e TV de São Paulo, o comunicador de Batatais (SP) tem oito Copas do Mundo no currículo, viu surgir a estrela Ayrton Senna e esteve nos Mundiais do Corinthians.
Sempre com reportagens relacionadas a paixão do torcedor, seja ele de qualquer time, Gurian se rende ao corinthiano, que segundo ele é autêntico.
Luis Henrique Gurian afirmou em entrevista ao Alambrado Alvinegro que o Corinthians só perde em número de torcedores para a Seleção Brasileira e para o anti corithianismo.
”Claro que todo mundo quer um Corinthians grande, um Corinthians forte, porque todo mundo fala, é a segunda maior torcida do Brasil. Eu acho que é a maior torcida. Vou te explicar, porque eu já vi pesquisas. Você chega para um torcedor na Bahia, você fala, você torce para quem? A resposta é Bahia. E quem mais? Flamengo. Então o Flamengo tem um torcedor, o Bahia tem outro. Você chega para o Flamengo e fala, para quem você torce? Você fala, Vitória. E quem mais? Flamengo. Então são dois Flamenguistas, um torcedor de Vitória no Bahia”.
”Eu gosto de perguntar para o cara que torce para o Corinthians. Para quem você torce? Ele fala Corinthians”.
De família de torcedores do Corinthians, Gurian nasceu em 1959 e lembra que passou adolescência na espera de um título, que veio em 1977 naquele gol de Basílio em 13 de outubro.
Nesse período ia de Batatais a Araraquara para ver o Timão jogar ao lado de seu pai. ”E eu aprendi a ter esse carinho, esse respeito pelo Corinthians aí. E tinha alguns não corithianos que eles falavam assim para mim. Luizinho, o que idade você tem? Eu falava assim, tenho 7. Ele fazia a mesma piada. Pô, eu nunca vi o seu time ser campeão. E dava risada. Essa piada até os meus 18 anos de idade eu tive que ouvir. Aí acabou”.
Luis Gurian viu momentos espetaculares como os dois mundiais, a libertadores e as sete conquistas paulistas, que agora são raros. O SCCP não ganha campeonatos desde 2019.
Uma das explicações para essa fase ruim é a tal da transparência do grupo que dominou o clube por 16 anos e saiu para dar lugar a Augusto Melo.
”Cadê essa transparência que a gente viu? Agora estão tentando fazer um trabalho de reconstrução. Faturou um bilhão, mas está devendo dois bilhões. Você paga um, fica devendo um, mas não é essa a conta. Você deve dois, arrecada um, os dois viram três. Essa arena não vão pagar nunca”.
”Faz dez anos que estão pagando arena, o preço aumenta. Era pra fechar em 400 milhões, virou um bilhão, hoje são 700 milhões.”
O corinthiano, segundo ele, é muito apaixonado e da vida por esse clube, por esse time, que chora, que volta a pé para casa para poder complementar o valor do ingresso, que sofre na quebrada, que passa frio, que pega ônibus ruim, que quebra na estrada, que sai dali e vai direto para o trabalho, que chora.
”Esse torcedor, ele fica… O que que estão fazendo com o Corinthians? Essa pergunta que nós queremos a resposta. O que que estão fazendo com o Corinthians?”
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