Salve, nação!
É, parece que é hora dar adeus ao Gigante Cássio, o maior ídolo do Corinthians para muitos.
Vai sair para um rival brasileiro sem mesmo uma despedida digna. Vai ser pela porta dos fundos e vamos saber os motivos muito em breve.
Acredite você ou não, são raros ídolos que não foram praticamente expulsos. É um ciclo que se repete, às vezes para abrir caminhos para coisas boas, outras nem tanto!
Ronaldo Giovaneli, Craque Neto, Marcelinho Carioca, Rincón, Edílson, Carlitos Tevez, Paolo Guerrero, todos tiveram seus motivos para saída, seja grana, violência, falta de ambiente e assim vai.
Na maioria dos casos veio um treinador linha dura: Mário Sérgio…Luxa…Leão…Mano…A diretoria NUNCA teve peito para lidar com isso, jogando sempre para o treinador a responsabilidade das mudanças. O que teve de fala de imprensa, advogados e empresários lutando na guerra de narrativas não está no gibi.
Tudo tem começo, meio e fim, mas o fim não precisa ser tão descarado e despreparado assim
Vamos à cronologia (dos que eu lembro ou estudei e pesquisei para vocês). Vale muito ver os cortes do Alambrado que têm parte dessa história triste.
Rivellino, o Reizinho do parque, camisa 10, tricampeão do mundo, um dos maiores craques da nossa história. Saiu após a perda do título de 1974 contra o Palmeiras e foi para o Fluminense.
Acusado de perder uma bola que resultou no gol – fato que não se comprovou depois com as imagens e falas de quem estava lá – Rivellino brilhou e foi campeão nas Laranjeiras.
Seu último jogo foi em 22 de dezembro de 1974, esse mesmo citado acima, derrota que ninguém acredita até hoje. A mágoa com Vicente Matheus pela forma como foi conduzida a sua saída do clube permanece. Logo de cara contra o Timão pelo Flu fez três gols em um sábado de carnaval.
Leia aqui o que aconteceu de verdade na Revista Placar.
O meu ídolo Ronaldo Giovaneli num 29 de janeiro de 1998 deixava a Camisa 1 no intervalo de uma duelo contra o Vasco.
O técnico Vanderlei Luxemburgo não quis a renovação de contrato de Ronaldo, que tinha 602 jogos até aquela data.
”A pior coisa que um jogador pode sentir é que está atrapalhando. E era isso o que eu vinha sentindo no Corinthians. Então, peguei minhas coisas e saí – disse Ronaldo à imprensa em 1998”, disse à época.
”Eu sentia que ele ia me mandar embora. A todo momento falava que ia renovar, nao era a Lei Pelé ainda, então ficava preso ao clube. Fiquei 40 dias treinando separado”, no Papo Fiel do Alambrado Alvinegro.
Ronaldo teve o mesmo destino de Rivellino e se mandou para as Laranjeiras.
Nesta quarta-feira (15), em seu Instagram, cravou a saída de Cássio para o Cruzeiro.
O Craque Neto também foi na mesma leva de Ronaldo 602 na sua segunda passagem, já quase aposentado.
Em 1993, Neto foi para o Millonarios de Bogotá depois daquela derrota do Paulista para Palmeiras. Chegou Mario Sérgio Pontes de Paiva, de quem o camisa 10 era desafeto. “Fiquei muito desiludido com o Corinthians quando ele chegou. Queriam me mandar embora. A nova comissão técnica e os que mandavam na época estavam loucos para que eu saísse. Então, já que não me queriam mais, resolvi ir para outro lugar. Foi quando surgiu a proposta do Millonarios”, disse ao UOL.
Edilson Capetinha foi quase atacado depois daquela derrota para o Palmeiras na Libertadores de 2000.
A diretoria do Corinthians não conseguiu segurar o craque, que sofreu uma tentativa de agressão por parte de integrantes da torcida organizada Gaviões da Fiel,
“A família do Edílson ficou muito assustada com o episódio da torcida. Ele mesmo ainda não se recuperou do trauma. O clube entendeu a posição do jogador, que se recusa a voltar a vestir a camisa do time”, disse o empresário Luiz Viana à Folha de São Paulo.
De lá ele foi para o Flamengo e integrou o time do Penta em 2022.
E o Carlitos Tevez naquela bagunça da MSI? Foi na mesma pegada do Capetinha.
O argentino foi do céu ao inferno entre 2005 e 2006. Depois da eliminação para o River Plate na Libertadores de 2006, o jogador pediu silêncio após marcar gol num empate diante do Fortaleza.
Foi o estopim para ter seu carro vandalizado e, dias depois, foi vendido ao West Ham, da Inglaterra.
No dia 13 de janeiro de 2010, um dos maiores ídolos da história do Corinthians realizava sua última partida com a camisa alvinegra.
Jogando no estádio do Pacaembu, Marcelinho Carioca se despedia da torcida corintiana em amistoso contra o Huracán (ARG).
Mas isso foi a festinha pra Inglês Ver! Marcelinho brigou com Luxa em 1998, voltou ao time e foi campeão! Depois em 2021, novamente com o Pofexô, teve uma das maiores brigas da história sendo literalmente barrado pelos jogadores.
O grupo liderado por Ricardinho e Scheidt promoveu a ‘expulsão’ do ex-colega em uma reunião.
Os jogadores concederam uma entrevista no Parque São Jorge para “esclarecer a verdade” sobre o caso. “É para desmascarar o Marcelo de uma vez”, explicou o zagueiro Scheidt na entrevista coletiva. O meia afastado do grupo, segundo Scheidt, “foi traíra” com os companheiros. O zagueiro disse ainda que Marcelinho não poderia mais aparecer pelo Parque São Jorge, pois vários atletas querem “pegá-lo de porrada”.
E lá vem Leão novamente depois de quatro anos.
Em 2006, Marcelinho voltou, causou confusão com Mascherano, tentou ajudar o time a ganhar mas não deu certo.
O treinador deu linha pro 7.
Segue em atualização…
Bons ventos e #VaiCorinthians
Flavio Perez é o editor do site Alambrado Alvinegro. Jornalista e especialista em marketing esportivo, o profissional de mídia lidera a comunicação de grandes eventos como Jogos Olímpicos, Tour de France, Fórmula E, Boxe e outros mega-eventos. É atualmente CEO da On Board Sports e da We’ve Won It. Teve passagens por Rádio ABC, Rádio Eldorado, Estadão, ESPN e Rádio Bandeirantes. Chama Flávio por uma promessa do pai espanhol quando o Flávio Minuano fez o gol da quebra do tabu contra o Santos de Pelé.
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