Sobre sua participação na gestão anterior:
“Nós, os vice-presidentes, estávamos afastados da gestão. O presidente entendia que a gente não participasse da gestão. Não fomos chamados para nada. Não tivemos a oportunidade de conhecer a situação do Corinthians.”
Sobre a situação financeira:
“Primeiro a gente começa pela questão financeira, o jurídico e a administração. Terra arrasada é porque temos que pagar alguma coisa e não tem dinheiro. Onde está o dinheiro? Não tem. Temos que correr atrás para conseguir.”
“Foram informadas questões que nosso caixa estava em ordem, com dinheiro, tudo sob controle, e isso não é verdade. Nossa situação financeira é delicada, temos compromissos enormes para serem cumpridos. Uma situação grave que precisam saber é que nós corremos o risco de sair do Profut, isso é uma preocupação. Não sabíamos, tivemos conhecimento hoje pela manhã. Ninguém sabia dessa questão.”
“Não podemos ficar com três parcelas atrasadas (do Profut). Vence uma parcela de R$ 3 milhões que temos que pagar. Fomos no caixa e não tinha.”
“O que fizemos agora é saber: você tem o fluxo de caixa. O fluxo é esse? Tem que pagar, mas não tem dinheiro. Tem que saber o planejamento, que dia cai o dinheiro, que horas cai o dinheiro, se não tenho que correr para pegar o dinheiro lá fora. Preciso entender o que temos de planejamento para o futuro. Temos que correr na frente, essa é a filosofia. É chegar e ver que precisa pagar R$ 3 milhões, mas não tem dinheiro. Sai todo mundo maluco, e isso não é jeito de administrar. Precisamos buscar uma condição melhor para fazer esse planejamento.”
Sobre mudanças na diretoria:
“Diretoria acaba caindo, temos que organizar. Tivemos algumas reuniões para saber quem poderíamos trazer pessoas. Ainda é cedo para falar sobre isso, mas em breve marco uma outra reunião para informar quais são os diretores de cada área.”
Sobre união política no clube:
“Gostaria de pedir uma trégua política para as linhas do clube, que entendam que o momento é de ajuda. Não é momento de buscar críticas, querendo mudar a situação. É momento de uma trégua.”
“Queremos cumprir o estatuto. Quando não cumpre, aí os órgãos brigam. Sem as informações, não tem como tomar as ações. O meu relacionamento com presidente do Conselho, do Cori, do Fiscal, é ótimo. Estão pensando no Corinthians. Vou procurar cumprir da melhor forma possível e doa a quem doer. É o nosso trabalho. Temos que passar o Corinthians a limpo. Esse é o momento. Não dá para ficar do passado.”
Sobre a nova gestão:
“Corinthians é mais importante de ser pensado daqui para a frente. O que aconteceu no Conselho Deliberativo, todos tomaram conhecimento. Nós estamos aqui para dar sequência ao trabalho, alguns bem e outros não. Vamos trabalhar para pensar sempre no Corinthians. Quero deixar claro que se a gente não se empenhar de resolver os problemas olhando para frente, ficaremos reféns do passado. O passado é importante para entender o presente. Vamos realizar a gestão transparente, que vai trazer benefícios. Tudo o que for bom, estaremos juntos. Caso a caso, função a função, mudar a sistemática. Queremos fazer gestão à vista dos trabalhos, com planejamento e dedicação.”
Sobre as categorias de base:
“Pedimos uma análise profunda de todos os jogadores. Aqueles que têm tempo de jogo e ver quem pode e quem não pode ficar. Temos que fazer uma análise crítica. Não tenho hoje as informações necessárias. Vamos tomar ações imediatas para que possamos ver se podem dar resultado. Vamos caso a caso. Ainda não conversei com o Alex Brasil, mas tenho reunião agora de tarde.”
“Usamos termos benéfico para o Corinthians. O que for, vai continuar. Sobre a amizade, o Corinthians fica acima disso. Amizade é lá fora. Não sei com quem tenho amizade da base. Temos amizades em diversas correntes políticas. Não dá para conhecer por nomes todos. Queremos mostrar que se a função é benéfica, as pessoas vão continuar. Não tem como continuar, caíram na base (Claudinei Alves).”
Sobre o caso Rozallah Santoro:
“O estatuto não permite antes de um ano que deixou o cargo voltar na mesma gestão. Eu falei com o Rozallah, e ele se propôs a nos ajudar. Hoje ele esteve aqui conosco e já está tomando algumas ações para que a gente possa analisar a parte financeira e entender o que está acontecendo. Nós estávamos afastados da gestão. A gente não teve oportunidade de conhecer a gestão financeira. O problema mais sério que temos hoje é o financeiro. Dinheiro é muito importante em qualquer gestão, e se você não tem, dificulta bastante.”
Sobre financiamento de vídeos da Ditadura de 1964:
“Meu nome é Osmar Stabile. Sou empresário da área metalúrgica. Sou especializado em gestão. Sou formado em gestão esportiva e administração. Já pedi as desculpas necessárias, nem gostaria de falar desse assunto, pois não podemos falar de política e religião. Todos que pensam de outra forma, é corintiano e está conosco. Pedi desculpas aos que se sentiram prejudicados, errei, digo que errei, e estou aqui para falar: o presidente é o Luiz Inácio Lula da Silva e torço para ele dar certo. Dou empregos, tenho empresas, e quero que o Brasil dê certo. E já votei algumas vezes nele.”
Sobre eventual candidatura:
“Não passou pela minha cabeça, não é momento de falar de política nesse momento. Não temos que falar quem é candidato ou que não é. Precisamos tirar o Corinthians disso. Não vou falar sobre essa situação e gostaria que ninguém falasse sobre isso nesse momento. Que deixem para falar de política no momento que tem que ser. É hora de baixar a cabeça e se dedicar que temos que resolver.”