O balanço financeiro de 2024 do Corinthians gerou nova crise administrativa no clube. Durante reuniões nesta semana, membros do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação (Cori) rebateram a possibilidade de reabertura das contas de 2023, levantada pelo presidente Augusto Melo. Segundo o mandatário, um montante de R$ 191 milhões herdado da gestão anterior teria influenciado no déficit operacional de R$ 181,7 milhões registrado em 2024.
Paulo Pedro, advogado e integrante do Cori, afirmou que a proposta de reabertura surgiu apenas em abril deste ano e não havia sido discutida anteriormente. “Essas contingências não necessariamente necessitam de reabertura do ano anterior. Você pode colocá-las no balanço de 2024 e com ressalvas. A gestão em 2024 teve um prejuízo operacional de R$ 181,7 milhões. Isso aqui é prejuízo operacional”, declarou o dirigente.
O Conselho Deliberativo já reprovou as contas de 2024, acompanhando pareceres do Conselho Fiscal e do Cori. De acordo com Pedro Soares, secretário do Cori, o passivo total do clube aumentou R$ 829 milhões, saltando de R$ 1,6 bilhão em 2023 para R$ 2,46 bilhões neste ano. “O problema é que o passivo aumentou em mais de 300 milhões em relação ao ativo. Isso nos preocupou muito, porque sempre foi um discurso da diretoria a contenção de gastos, e não é isso que está refletido nos números”, destacou.