CORI reprova balanço financeiro de 2024

O Conselho Deliberativo do Corinthians reprovou o balanço financeiro referente ao exercício de 2024, primeiro ano da gestão de Augusto Melo.

A decisão, tomada por 130 votos contrários, 73 favoráveis e seis abstenções, seguiu os pareceres contrários do Conselho Fiscal e do Conselho de Orientação (CORI), que apontaram uma série de irregularidades, omissões e indícios de gestão temerária. O CORI destacou que o passivo do clube aumentou em R$ 829 milhões em comparação a 2023, elevando o endividamento bruto para R$ 2,5 bilhões.

Segundo os órgãos fiscalizadores, o crescimento da dívida incluiu R$ 1,8 bilhão em compromissos do clube e R$ 668 milhões relacionados ao financiamento da Neo Química Arena. Parte desse aumento foi atribuído pela diretoria a contingências herdadas de gestões anteriores, que somariam R$ 191,2 milhões. No entanto, de acordo com o CORI, não foram entregues documentos comprobatórios solicitados, como extratos, composições de saldo ou pareceres jurídicos. A reprovação pode fundamentar, conforme previsto no estatuto e na nova Lei Geral do Esporte, um eventual pedido de destituição do presidente.

Após a reunião no Parque São Jorge, o presidente Augusto Melo minimizou a repercussão. “A gente está muito tranquilo, está tudo de boa, está tranquilo. Agora é provar na Ética o que teve os documentos”, declarou. Já o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, explicou que o caso será analisado com base na legislação vigente: “Nós temos uma lei nova, que é a Lei Geral do Esporte. Eu vou estudar com cautela tudo o que foi analisado e deliberado, para que a gente delibere muito em breve sobre os próximos passos (…) Todos nós somos passageiros, o Corinthians não é.” Mesmo com a reprovação, o clube precisa publicar o balanço até terça-feira (30), sob risco de sanções legais.

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