O Corinthians busca alternativas para reestruturar sua situação financeira, que atualmente inclui uma dívida superior a R$ 2 bilhões. Nesta quarta-feira, a diretoria do clube apresentou à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da CBF, um plano de renegociação coletiva para tratar das diversas cobranças que enfrenta no órgão.
Segundo comunicado do clube, a proposta visa incluir os processos em tramitação na CNRD e propõe o parcelamento das dívidas ao longo dos próximos anos. A homologação do plano ainda está pendente, aguardando avaliação da CNRD.
Paralelamente, o Corinthians planeja recorrer ao Regime Centralizado de Execuções na Justiça. Essa medida permitiria agrupar cobranças da esfera civil, criando uma fila organizada para os credores e comprometendo o clube a destinar uma parte fixa de suas receitas mensais para os pagamentos. A intenção é evitar bloqueios judiciais, que já somaram mais de R$ 50 milhões apenas em 2024.
Estratégia de recuperação
Com o auxílio da consultoria Alvarez & Marsal e de membros do Conselho Deliberativo, a gestão de Augusto Melo está focada em encontrar soluções para estabilizar as finanças. O Regime Centralizado de Execuções e a renegociação coletiva representam passos importantes nessa estratégia.
No passado, a administração anterior, liderada por Duilio Monteiro Alves, também considerou adotar medidas semelhantes, mas acabou desistindo. Agora, a nova gestão vê nessa abordagem uma oportunidade para impedir novas penhoras e organizar o pagamento das dívidas de forma sustentável.
Próximos passos
Além das renegociações, o clube prepara a apresentação de seu orçamento para 2025, que deverá refletir os desafios financeiros atuais e os esforços de recuperação. A expectativa é que as iniciativas tragam um alívio financeiro e ajudem o Corinthians a equilibrar suas contas sem comprometer a competitividade no futebol.