O Corinthians foi recentemente excluído do Movimento dos Clubes Formadores (MCF), uma organização que reúne 45 clubes brasileiros com o objetivo de promover boas práticas na formação de atletas e mediar conflitos entre as instituições.
A decisão ocorreu após uma reclamação formal de João Paulo Sampaio, coordenador geral da base do Palmeiras, que acusou o Corinthians de má conduta ao tentar contratar um atleta de 14 anos vinculado ao clube alviverde. O MCF acatou a reclamação e decidiu pela exclusão do Corinthians.
O Corinthians propôs uma conciliação, oferecendo ao Palmeiras uma divisão futura dos direitos econômicos do jogador em questão, na tentativa de reverter a situação. No entanto, o Palmeiras rejeitou a proposta, mantendo a exclusão do clube alvinegro do MCF.
Essa exclusão traz preocupações significativas para o Corinthians em duas frentes:
- Proteção de Atletas Jovens: Sem a proteção do MCF, o clube fica mais vulnerável ao assédio de outras agremiações sobre seus atletas entre 10 e 14 anos, que possuem apenas vínculo federativo. Isso pode facilitar a saída desses jovens talentos para outros clubes.
- Participação em Competições Amistosas: O Corinthians já foi excluído da FAM Cup Sub-17 e enfrenta dificuldades para confirmar sua participação na Copa Votorantim, principal competição Sub-15 do país. Outros clubes membros do MCF estão se recusando a disputar torneios junto com o Alvinegro, limitando as oportunidades de desenvolvimento para suas categorias de base.
O Corinthians informou que irá se manifestar oficialmente sobre o caso nesta sexta-feira, por intermédio do diretor-geral das categorias de base, Claudinei Alves, antes do jogo contra o Santo André.
A exclusão do MCF representa um desafio significativo para o clube, que precisará buscar alternativas para proteger seus jovens atletas e garantir a participação em competições essenciais para o desenvolvimento de suas categorias de base.