MP-SP abre investigação sobre uso de cartões corporativos

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar possíveis irregularidades no uso de cartões de crédito corporativos do Sport Club Corinthians Paulista durante as gestões dos ex-presidentes Andrés Sanchez (2018 a 2020) e Duilio Monteiro Alves (2021 a 2023). A medida foi tomada pelo promotor Cassio Roberto Conserino, na terça-feira (23), com base em denúncias que vieram à tona no início de julho. Estão previstas oitivas por videoconferência com o presidente interino Osmar Stabile, o vice Armando Mendonça e o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, na quarta-feira (6), além de um ofício enviado ao clube solicitando detalhes sobre os cartões.

O caso ganhou repercussão após Andrés admitir o uso indevido do cartão corporativo para despesas pessoais em Tibau do Sul (RN), no final de seu mandato, em 2020. Embora tenha ressarcido o valor com juros e correção, ele responde a processo na Comissão de Ética do clube. Já na gestão de Duilio, denúncias indicam gastos não reconhecidos por ele, que registrou notícia-crime na Drade/Dope. A investigação interna e o processo criminal visam esclarecer as circunstâncias e os possíveis responsáveis pelas despesas.

Em nota, o Corinthians afirmou que recebeu a notícia com “satisfação” e reforçou seu compromisso com a transparência. Andrés, por meio de seu advogado, classificou as denúncias como “infundadas” e uma tentativa de “tumultuar a Assembleia Geral” sobre o impeachment de Augusto Melo. Duilio considerou a investigação “salutar” e reiterou seu pedido por apuração. Romeu Tuma Júnior também demonstrou apoio ao MP-SP. “Todos os responsáveis por ações ou omissões que eventualmente causaram prejuízos ao Clube serão responsabilizados dentro do devido processo legal”, afirmou.

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