O orçamento de 2025 do Corinthians foi aprovado pelo Conselho Deliberativo, Fiscal e de Orientação (Cori) com ressalvas, marcando mais um capítulo de desafios para a gestão de Augusto Melo. Apesar de a diretoria projetar um superávit de R$ 34 milhões para o próximo ano, o cenário está longe de ser tranquilizador.
Ressalvas no Orçamento
O Cori solicitou a exclusão de dois itens importantes do planejamento financeiro:
- Campanha de arrecadação da Gaviões da Fiel: A vaquinha para ajudar a quitar a dívida da Neo Química Arena foi retirada da previsão orçamentária, já que o órgão considerou impossível prever os valores a serem arrecadados.
- Fundo Imobiliário da Arena: Criado na gestão Duilio Monteiro Alves e retomado por Augusto Melo, o projeto foi rejeitado por falta de detalhamento adequado.
Essas alterações obrigarão o clube a revisar suas projeções de redução da dívida, que alcançou R$ 2,4 bilhões em 2024.
Desafios Políticos e Administrativos
A gestão de Augusto Melo enfrenta pressão crescente:
- Pedidos de impeachment: Dois processos estão em curso, sendo que um foi adiado por decisão judicial e o outro deve ser analisado a partir de janeiro de 2025.
- Promessas não cumpridas: A arrecadação de patrocínios em 2024 deve ser cerca de R$ 85 milhões inferior ao projetado durante sua campanha, minando a confiança em sua liderança.
Déficit em 2024 e Avaliações Futuras
O clube projeta fechar 2024 com um déficit de R$ 237,8 milhões. Essa situação, combinada com a ausência de auditorias externas, pode levar à reprovação das contas na reunião de abril. Caso isso ocorra, o estatuto prevê a abertura de um novo processo de impeachment contra Augusto Melo.
Impacto no Futebol
Apesar da turbulência administrativa, o elenco do Corinthians segue planejado para 2025 sob a supervisão de Ramón Díaz, que foi confirmado no comando técnico. O treinador, junto com a diretoria de futebol, enfrentará o desafio de ser criativo para manter a competitividade, enquanto o clube busca estabilidade financeira e política.