Na última segunda-feira, a Polícia Civil de São Paulo deu início a uma investigação preliminar sobre a suspeita de envolvimento de um “laranja” no repasse de parte da comissão pelo contrato de patrocínio máster entre o Corinthians e a VaideBet.
A investigação está em fase inicial, reunindo elementos mínimos necessários para, caso haja avanço, instaurar um inquérito formal sobre o acordo de patrocínio, que deve render R$ 360 milhões ao clube nos próximos três anos.
O caso está sob a responsabilidade do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e da terceira delegacia, especializada em casos de lavagem de dinheiro, com o delegado Tiago Fernando Correia à frente.
A informação sobre o início das investigações foi divulgada pela “ESPN” e confirmada por fontes policiais ao GE.
Além disso, o DPPC está investigando uma possível ligação indireta com outro caso envolvendo o Corinthians. Em novembro do ano passado, investigações apontaram possíveis indícios de lavagem de dinheiro pouco antes das eleições do clube, ainda sob a gestão de Duilio Monteiro Alves, mas até o momento nada foi encontrado.
Reportagens serviram como ponto de partida para a investigação inicial de qualquer possível ato ilícito na intermediação do contrato entre o Corinthians e a VaideBet.
Na semana passada, o “UOL” publicou sobre uma suposta empresa laranja, Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda., que teria recebido parte do valor pago pela Rede Social Media Design Ltda no acordo de intermediação.
Dos R$ 25 milhões acordados como comissão, a Rede Social Media Design recebeu duas parcelas de R$ 700 mil. O Corinthians notificou extrajudicialmente a empresa intermediária, cujo sócio é Alex Cassundé, que prestou serviços durante a campanha de Augusto Melo à presidência. O clube aguarda explicações sobre o suposto “laranja”.
A VaideBet declarou recentemente que está avaliando “os próximos passos” e estudando a possibilidade de rescindir o contrato.
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