Ação no Corinthians x Palmeiras pode gerar punições de até dois anos para envolvidos.
O torcedor do Corinthians responsável por comprar a cabeça de porco arremessada no campo durante o clássico contra o Palmeiras, Osni Fernando Luiz, prestou depoimento nesta quarta-feira (6) na Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Desportiva (Drade), em São Paulo. Após assinar um termo, ele foi liberado.
O incidente ocorreu na vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras. Osni, que se identifica como Rafael Modilhane nas redes sociais, admitiu ter comprado a cabeça de porco no Mercado da Lapa, mas negou ser o autor do arremesso no estádio. Segundo ele, a intenção era tirar fotos com a cabeça de porco na frente da Neo Química Arena, mas, sob efeito de álcool, acabou entrando com o objeto e o arremessou no setor Sul.
Consequências legais
César Saad, investigador do caso, afirmou que os envolvidos podem ser condenados a até dois anos de reclusão e proibidos de frequentar estádios por até três anos, conforme previsto no artigo 21 da Lei Geral do Esporte.
Em sua defesa, Osni classificou o ato como uma “provocação sadia,” argumentando que o apelido “porco” é amplamente usado pelos palmeirenses. “Não peguei barra de ferro, não agredi ninguém. Hoje em dia, o futebol está perdendo o espírito do futebol raiz,” afirmou.
Corinthians colabora com a investigação
Segundo o investigador, o Corinthians está auxiliando na apuração, fornecendo imagens das câmeras de segurança da Neo Química Arena.