A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, expressou apoio ao meia Rodrigo Garro, que se envolveu em um acidente de carro na Argentina, resultando na morte do motociclista Nicolás Chiaraviglio.
A mensagem foi publicada no Instagram da organizada, com a frase “tudo vai dar certo”, sem mencionar diretamente o jogador. No entanto, a comunicação da Gaviões confirmou que a postagem era direcionada ao argentino. A expressão remete a uma declaração do próprio Garro, feita em junho, quando o clube passava por momentos turbulentos, incluindo a saída do goleiro Carlos Miguel para o futebol inglês e a incerteza sobre a continuidade do patrocínio máster da VaideBet. A frase acabou sendo resgatada pela torcida, especialmente após a reação do Corinthians no Campeonato Brasileiro de 2024, garantindo uma vaga na Copa Libertadores.
Entenda o caso
Rodrigo Garro se envolveu em um acidente na madrugada de sábado (horário de Brasília), na província de La Pampa, Argentina. De acordo com o procurador-geral da região, Armando Aguero, o meia do Corinthians dirigia uma Dodge Ram quando colidiu com a moto conduzida por Chiaraviglio, de 30 anos, que não resistiu aos ferimentos.
Garro testou positivo no bafômetro, registrando 0,5 gramas de álcool por litro de sangue. Em La Pampa, a lei de trânsito estabelece tolerância zero para álcool ao volante. No entanto, o jogador não foi indiciado por homicídio culposo agravado por alcoolemia, pois o nível detectado não foi considerado determinante para o acidente.
A promotoria argentina aponta que Garro trafegava pela rua 300 quando fez uma conversão irregular à esquerda para acessar a rua 108, tornando-se um obstáculo no trajeto do motociclista, que acabou colidindo na lateral direita do veículo. A defesa do jogador, por outro lado, alega que Nicolás vinha de uma via secundária e não respeitou a sinalização no cruzamento, que também estaria mal sinalizado.
Agora, o caso entra em uma nova fase de investigação, incluindo análises de câmeras de segurança, perícia nos veículos e exames toxicológicos no corpo da vítima. O motociclista, segundo o procurador, portava drogas e estava sem capacete no momento do acidente.
No domingo, Garro foi formalmente indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e aguarda a definição da data do julgamento. O Ministério Público da Argentina não impôs restrições para sua saída do país, permitindo que ele retorne ao Brasil se desejar. O Corinthians se reapresenta para a pré-temporada nesta terça-feira (7), e a diretoria do clube segue acompanhando o caso.
Se condenado, Rodrigo Garro pode enfrentar uma pena de três a seis anos de prisão, conforme previsto no Código Penal argentino.
