Nesta terça-feira (8), completam-se sete anos de uma das conquistas mais memoráveis do Corinthians: o título paulista de 2018, conquistado em pleno Allianz Parque, em cima do maior rival, o Palmeiras. A final, recheada de tensão, polêmica e emoção, segue viva na memória da Fiel.
Mais do que o 29º título estadual da história alvinegra, o triunfo teve um sabor especial por ser o primeiro em uma final contra o Palmeiras dentro da casa alviverde — um capítulo à parte na rivalidade centenária entre os clubes.
A caminhada do Corinthians naquele Paulistão teve seus altos e baixos. O time comandado por Fábio Carille liderou o Grupo A na primeira fase e eliminou o Bragantino nas quartas, revertendo uma derrota por 3 a 2 no Pacaembu com um 2 a 0 na volta, na Arena.
Nas semifinais, encarou o São Paulo. Depois de perder o primeiro jogo por 1 a 0 no Morumbi, o Corinthians buscou o empate agregado no apagar das luzes do segundo tempo, com um gol de cabeça de Rodriguinho, levando a decisão para os pênaltis. Melhor para o Timão, que venceu nas cobranças.
Do outro lado da chave, o Palmeiras despachava o Santos, também nos pênaltis, e o clássico entre os dois gigantes paulistanos estava marcado para decidir o título, algo que não acontecia desde 1999.
O Palmeiras abriu vantagem no jogo de ida, vencendo por 1 a 0 na Neo Química Arena com um gol de Borja logo aos 7 minutos.
Mas na volta, no Allianz Parque, o Timão não demorou para devolver o golpe: logo no primeiro minuto, Mateus Vital fez boa jogada pela esquerda e serviu Rodriguinho, que abriu o placar e igualou o agregado.
O jogo seguiu tenso, e a maior polêmica da final aconteceu no segundo tempo. O árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro chegou a marcar pênalti para o Palmeiras, mas voltou atrás após mais de sete minutos de paralisação, gerando revolta nos donos da casa. Na época, o VAR ainda não era utilizado nas competições estaduais, o que gerou suspeitas de interferência externa por parte da Federação Paulista de Futebol.
A diretoria do Palmeiras rompeu relações com a FPF por meses, levou o caso ao STJD e buscou a impugnação da partida, sem sucesso. Em setembro de 2018, o tribunal confirmou oficialmente o título do Corinthians.
Com o empate no tempo normal (1 a 1 no agregado), o título foi decidido nos pênaltis. O Corinthians converteu todas as suas cobranças, enquanto o goleiro Cássio brilhou mais uma vez, defendendo as batidas de Dudu e Lucas Lima — dois dos principais nomes do elenco alviverde na época.
Após o apito final, além da festa alvinegra no gramado rival, uma declaração eternizou a conquista. O então presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, declarou que o clube não valorizava aquele “Paulistinha manchado”, o que só aumentou a provocação e a alegria da Fiel.