A recente decisão de Tite de recusar o comando técnico do Corinthians para cuidar da saúde física e mental trouxe novamente à tona um tema urgente no futebol profissional. Em um ambiente marcado por pressão constante, críticas públicas e pouca margem para descanso, atletas e treinadores enfrentam batalhas silenciosas que vão além da bola rolando.
O caso do ex-treinador da Seleção Brasileira gerou comoção e abriu espaço para um diálogo necessário. A nora de Tite, Fernanda Silva Bachi, relatou nas redes sociais que a família já se preparava para a mudança para São Paulo, mas a saúde emocional do técnico falou mais alto. “Saúde e família são nossos bens mais preciosos”, publicou. A decisão surpreendeu o Corinthians, que já havia alterado a rotina de treinos aguardando o novo comandante. “Mudamos até o horário do treino, esperando que ele já assumisse a equipe. Caiu como uma bomba isso aí”, revelou o presidente Augusto Melo.
O tema também ganhou voz entre os jogadores. Paulinho, meio-campista do próprio Corinthians, compartilhou um desabafo recente em suas redes sociais. “Todos temos o direito de parar, respirar e nos reconectar com o que realmente importa. Não é fraqueza, é humanidade. A saúde mental importa, e é tempo de cuidar da nossa”, escreveu.
Em abril, quando se celebra o Abril Verde, campanha nacional pela saúde e segurança no trabalho, o alerta se torna ainda mais relevante. No futebol, onde o campo é também ambiente profissional, reconhecer e acolher as questões emocionais é parte essencial do jogo. Afinal, mente sã também faz parte do alto rendimento.