Inquérito liga gestão de Augusto Melo ao crime organizado

A Polícia Civil de São Paulo concluiu na segunda-feira (23) o inquérito que apura irregularidades no contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas Vai de Bet, encerrado em junho de 2024. O relatório, enviado ao Ministério Público, aponta uma relação entre a gestão de Augusto Melo, ex-presidente do clube, e o crime organizado, envolvendo desvio de comissões, empresas de fachada e ameaças de morte.

Segundo a investigação, parte dos valores pagos pela Vai de Bet — cerca de R$ 25,2 milhões — teria sido redirecionada para financiar campanhas eleitorais de Augusto Melo em 2020 e 2023. Empresários, influenciadores e até um agiota da zona leste de São Paulo estão entre os supostos beneficiários. “Na denúncia, verdade seja dita, essas tais doações foram tratadas como ‘dívidas’, e foi asseverado também que um agiota da zona leste estaria no encalço de Augusto Melo, ameaçando matá-lo”, diz trecho do inquérito.

O documento também cita o repasse de R$ 870 mil para a empresa UJ Football Talent A Victory, apontada como ligada à lavagem de dinheiro do crime organizado por meio do empresário Antonio Vinicius Gritzbach, executado em 2024. Além de Augusto Melo, outros dirigentes foram indiciados, entre eles Yun Ki Lee, ex-diretor jurídico, por omissão imprópria.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verified by MonsterInsights