O jornalista Juca Kfouri trouxe à tona uma série de informações que levantam suspeitas sobre a intermediação de patrocínio entre a empresa Vai de Bet e o Corinthians.
A empresa envolvida na intermediação é a Rede Social, de propriedade de Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, que participou da campanha eleitoral do Corinthians no ano anterior.
Segundo Kfouri, Cassundé é parceiro próximo do atual diretor de marketing do clube, Sergio Moura, que o indicou para a campanha de Augusto Melo, presidente do Corinthians.
Esta relação, apesar de minimizada por Cassundé, levanta questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse e favorecimentos.
E ainda nesta segunda-feira (20), o Sport Club Corinthians Paulista se pronunciou.
Por meio de nota, o clube tomou conhecimento da acusação publicada na imprensa e reafirmou que todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma legal com empresas regularmente constituídas.
Destacou que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros.
”Caso sejam apresentadas quaisquer provas de ilícitos, estes serão discutidos junto ao Conselho Deliberativo para providências que se fizerem necessárias”.
Mais sobre o caso
A empresa Neoway, que também está envolvida nas denúncias, tem como sócia Edna Oliveira dos Santos. Investigações revelaram que o endereço registrado da Neoway, na Avenida Paulista, 171, 4º andar, é apenas um endereço fiscal em um co-working, onde, segundo a recepcionista do local, ninguém da empresa frequenta. A situação se complica ao descobrir que Edna Oliveira dos Santos vive em condições precárias no Jardim Caraminguava, em Peruíbe, São Paulo, e desconhece qualquer ligação com a Neoway ou com Cassundé, sugerindo que ela pode estar sendo usada como laranja sem seu conhecimento.
Dois pagamentos de 700 mil reais à Rede Social, feitos em um intervalo de três dias, foram autorizados pelo diretor administrativo Marcelo Mariano, enquanto o diretor financeiro Rozallah Santoro estava ausente. Mariano justificou os pagamentos com a emissão de notas fiscais e pagamento de impostos pela Rede Social. Contudo, a prioridade dada ao pagamento do intermediário em um clube hiper-endividado, em detrimento de outras obrigações financeiras como a folha salarial, levanta sérias suspeitas sobre a legitimidade dessas transações.
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