David Divan, advogado do meia Rodrigo Garro, falou à imprensa argentina após a audiência que formalizou o indiciamento do jogador do Corinthians por homicídio culposo no acidente que resultou na morte de Nicolás Chiaraviglio, em La Pampa, no último sábado (4).
Segundo Divan, o atleta está profundamente afetado pelo ocorrido e não teve intenção alguma de causar o acidente.
“Rodrigo está profundamente abalado. Não houve qualquer intenção de causar dano. Foi um acidente inesperado. Ele não conhecia a vítima e jamais desejaria que algo assim acontecesse”, declarou o advogado.
Ele também afirmou que Garro não fugiu do local e tentou prestar socorro:
“Ele parou o carro mais à frente, correu para ver a vítima e começou a gritar por ajuda. Não sabia o que fazer. Desde o primeiro momento, Rodrigo esteve à disposição da Justiça e da família de Nicolás Chiaraviglio”, explicou.
O consumo de álcool e as circunstâncias do acidente
Divan confirmou que Garro ingeriu bebida alcoólica, mas destacou que isso ocorreu durante uma comemoração de aniversário.
“Rodrigo não costuma consumir álcool, ele é um atleta de elite. Naquela noite, brindou uma ou duas vezes por volta da meia-noite antes de ir para casa trocar de roupa”, disse.
O teste de alcoolemia apontou que o jogador tinha 0,54 gramas de álcool por litro de sangue, acima do limite permitido na Argentina. No entanto, o indiciamento não incluiu o agravante por embriaguez ao volante.
Sobre o acidente, o advogado ressaltou que Garro não conseguiu ver a motocicleta devido às luzes estarem apagadas.
“Ele está acostumado a dirigir caminhonetes de grande porte, tanto no Brasil quanto na Argentina. O veículo era alugado e seria devolvido antes de sua volta ao Brasil”, explicou.
Situação jurídica e retorno ao Brasil
Rodrigo Garro aguardará o julgamento em liberdade e poderá continuar atuando pelo Corinthians. Ele deve retornar ao Brasil nos próximos dias, já que sua passagem estava comprada antecipadamente.
O jogador foi enquadrado no artigo 84 bis do Código Penal argentino, que trata de homicídio culposo por condução imprudente, negligente ou contrária às normas de trânsito. Como punição imediata, ele teve sua carteira de habilitação suspensa.
A investigação segue em andamento, e novas perícias serão realizadas para esclarecer os detalhes do acidente.
