Desde que assumiu a presidência do Corinthians, em 2024, Augusto Melo já viu 18 nomes da alta cúpula deixarem o clube. Entre os mais recentes está Vinicius Manfredi, que ocupava o cargo de superintendente de marketing e saiu na última semana.
Durante um encontro com jornalistas no CT Joaquim Grava nesta segunda-feira (5), o presidente explicou as mudanças no departamento de marketing. Segundo ele, as decisões passaram pelo aval de Edgard Soares, diretor estatutário que assumiu o setor em abril.
Augusto reforçou que os cortes têm como base a entrega de resultados e o cumprimento de metas. Para ele, esse será o critério central na gestão.
Manfredi estava no cargo desde junho de 2023. Mesmo com a saída, o presidente fez questão de esclarecer que era ele, e não o ex-superintendente, quem liderava as negociações com patrocinadores. De acordo com Augusto, as conversas com possíveis parceiros começavam na presidência. O ex-superintendente participava apenas depois que os valores já estavam bem encaminhados.
Um dos exemplos citados foi a venda dos direitos de transmissão do Brasileirão para a Liga Forte União, no período de 2025 a 2029. O acordo envolve R$ 1,7 bilhão divididos entre os clubes do grupo. Melo afirmou que ele mesmo conduziu a negociação, com apoio de Vinicius Cascone, diretor jurídico e Rozallah Santoro, ex-diretor financeiro.
No balanço financeiro de 2024, o Corinthians arrecadou R$ 253,7 milhões em patrocínio e publicidade. Para este ano, a meta orçamentária é de R$ 212 milhões.
O presidente também comentou sobre os atuais acordos de patrocínio da camisa. São R$ 3 milhões para o programa Fiel Torcedor, mais R$ 3 milhões com outras ações e R$ 4 milhões pelo espaço nas costas, hoje ocupado por Elétrica AREA e Ezze Seguros.
Outro exemplo citado foi a Tele Sena, que firmou contrato em outubro de 2023, ainda na gestão anterior. O vínculo foi encerrado em abril de 2024, antes do fim previsto, com pagamento de R$ 225 mil ao clube.
A parceira mais nova é a Appgas, que entrou em fevereiro e ocupa o espaço no tórax da camisa. Outros patrocinadores incluem Esportes da Sorte (máster), Banco BMG (mangas), UniCesumar (calção), e Kasinski Consórcios (meiões).
Por ordem judicial, a Viva Sorte precisou deixar o uniforme, onde ocupava a região da omoplata. Já a barra frontal da camisa e a parte da frente do calção ainda estão disponíveis.