El Ocho do Povo: Garro ganha a 8 oficialmente

Símbolos carregam histórias; números transcendem simples valores. No Corinthians, a camisa 8 não é apenas um número: é um legado.

É a 8 de Luizinho, o Pequeno Polegar da Fiel, nascido e criado na Zona Leste. Driblou gigantes, encantou multidões e marcou, de cabeça, o gol do título do IV Centenário. Luizinho não jogava futebol; ele dançava com a bola nos pés.

É a 8 de Basílio, o Pé de Anjo, o Escolhido, herói do gol mais comemorado da história. Exatos 22 anos, 8 meses e 10 dias após Luizinho, Basílio libertou um povo e selou sua eternidade no coração da Nação Corinthiana.

A camisa 8 também pertenceu a Rincón, comandante em campo, sinônimo de força e liderança; Renato Augusto, pura inteligência e sofisticação no toque de bola; e Paulinho, a raça em sua forma mais bruta.

E, claro, Sócrates. O Magrão. O gênio. O pensador. O mentor da Democracia Corinthiana, que fez do futebol um ato de revolução. O braço erguido, os toques de calcanhar, a visão de jogo que transformava cada jogada em arte. Sócrates não usava a 8; ele era a 8.

Agora, essa camisa que carrega tanto peso, tanta mística, tanta história, está em novas mãos. Rodrigo Garro, o argentino eleito o melhor jogador do Brasileirão 2024, é o novo camisa 8 do Corinthians. O 8 do Povo.

E nada poderia simbolizar melhor essa transição do que receber a 8 das mãos de Gustavo Vieira, filho de Sócrates, no gramado da Neo Química Arena. Um momento que não é só uma troca de camisa, mas a passagem de um legado.

A entrega da 8 a Garro é apenas o começo. Vem aí uma série de ações de comunicação e marketing para celebrar essa história viva, esse elo entre passado, presente e futuro. Porque a camisa 8 do Corinthians não é apenas vestida; ela é honrada.

É chegada a vez de Garro escrever seu nome nessa lista. A Garro, la Ocho.

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