Indefinição marca remarcação da votação do impeachment

A nova data para a votação do impeachment do presidente do Corinthians, Augusto Melo, segue indefinida. Na última segunda-feira (20), o Conselho Deliberativo (CD) do clube se reuniu para deliberar sobre o afastamento do mandatário, mas a sessão foi suspensa por determinação de Romeu Tuma Jr., presidente do órgão.

Durante a reunião, o Conselho aprovou a admissibilidade do processo que permite a votação do impeachment, mas o pleito foi interrompido com base no artigo 85 do estatuto do clube, que exige a presença de pelo menos metade dos conselheiros para que a votação ocorra. O adiamento se deu após atrasos na sessão e a saída de alguns conselheiros devido ao horário avançado.

A decisão sobre a nova data está nas mãos de Romeu Tuma Jr., já que o estatuto do Corinthians não estipula um prazo específico para a realização da votação.

Pressão política e investigações em curso

Parte da oposição de Augusto Melo defendeu que a votação só ocorresse após a conclusão das investigações da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo sobre possíveis irregularidades na relação entre o clube e a ex-patrocinadora Vai de Bet. A apuração inclui suspeitas de lavagem de dinheiro e deve ser concluída até março.

No entanto, há pressa dentro do CD para resolver a situação antes disso, a fim de evitar um desgaste institucional prolongado, independentemente do desfecho do impeachment.

Segurança preocupa e local da votação pode mudar

Outro fator que dificulta a definição da nova data é o local onde ocorrerá a votação. Tradicionalmente, as reuniões do Conselho acontecem no Parque São Jorge, mas a presença de centenas de torcedores favoráveis a Augusto Melo nas últimas tentativas de realização do pleito gerou preocupação entre os conselheiros.

Na última segunda-feira (20), os conselheiros Marcelinho Mariano, citado no caso Vai de Bet, e Sergio Janikian foram agredidos ao deixar o Parque São Jorge. Augusto Melo precisou ser escoltado por seguranças, enquanto Romeu Tuma Jr. relatou ter recebido ameaças de pessoas presentes no local.

Diante do cenário tenso, há a possibilidade de que a votação ocorra na Neo Química Arena, em busca de maior segurança para os participantes. O impasse continua, e o futuro da presidência do Corinthians segue indefinido.

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