O advogado Leonardo Pantaleão, ex-diretor jurídico do Corinthians durante a gestão de Augusto Melo, se posicionou neste sábado (31) sobre a confusão no Parque São Jorge, que envolveu a tentativa de retorno do presidente afastado ao comando do clube.
Pantaleão, que atualmente é aliado da diretoria interina, não hesitou em classificar o movimento como um golpe institucional. Segundo ele, o ato não tem qualquer respaldo jurídico e desrespeita os trâmites legais previstos no estatuto do clube.
“Essa é uma situação que tem que ser analisada também internamente. Esses órgãos têm que ser provocados para poder fazer essa análise e, caso haja uma provocação nesse sentido, tenho certeza que os órgãos da ética terão condições de analisar se é caso realmente de uma repressão disciplinária”, afirmou.
O advogado foi ainda mais enfático ao ser questionado se considerava a ação um golpe para tentar reverter o afastamento de Augusto Melo da presidência:
“Eu não tenho dúvida alguma, que esse sim foi um verdadeiro golpe. A partir do momento que você quer fazer valer um documento que não tem validade jurídica alguma — não há liminar alguma nesse sentido — e eu repito: o Augusto tem direito de brigar juridicamente pela sua volta à presidência, desde que o faça de forma correta, ou através de uma liminar, ou para decisão de um órgão.”
A declaração de Pantaleão vai na mesma linha dos discursos feitos por Osmar Stabile, presidente interino, e por Romeu Tuma Jr., presidente afastado do Conselho Deliberativo, ambos contrários ao movimento articulado neste sábado por Augusto Melo e seus aliados.