Presidente do Cori: ”o clube não é da torcida, é do associado”. 

O presidente do Conselho de Orientação do Corinthians (CORI), Miguel Marques, afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta sexta-feira (29) que o Corinthians “não é do torcedor, é do associado”. A declaração foi feita ao responder sobre sua posição em relação ao processo de impeachment do presidente do clube, Augusto Melo. Marques ressaltou que seu papel é representar os associados, e não a torcida, enfatizando a confidencialidade de seu voto no pleito.

Declaração Polêmica

Ao ser questionado sobre a importância do tema para os torcedores, Miguel Marques respondeu:
“O clube não é da torcida, é do associado. Represento o associado, não o torcedor.”
Ele também destacou que, como ex-juiz eleitoral, não revelaria seu voto ou posicionamento sobre o impeachment, reforçando que o processo segue um rito de sigilo.

Contexto do Impeachment

A votação do impeachment de Augusto Melo está marcada para a próxima segunda-feira, 2 de novembro, no Parque São Jorge, após ter sido adiada por questões de segurança. O relatório que orienta o afastamento de Melo gerou debates, com diferentes interpretações apresentadas por membros do Conselho Deliberativo e da diretoria jurídica do clube.

Campanha para Quitar a Dívida da Arena

Outro tema abordado na entrevista foi a campanha de arrecadação liderada pela Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, para quitar a dívida da Neo Química Arena, que atualmente gira em torno de R$ 710 milhões. Marques destacou o envolvimento dos torcedores nesse esforço, contrastando com sua posição de que o clube é juridicamente uma entidade de associados.

Próximos Passos

A votação do impeachment será realizada no miniginásio do Parque São Jorge, com início às 18h, logo após o encerramento de uma confraternização de funcionários no local. A Polícia Militar e o clube estabeleceram um esquema de segurança robusto para evitar tumultos, dado o receio de manifestações de torcidas organizadas contra o processo.

Esses acontecimentos refletem um momento de tensão institucional e financeira no Corinthians, em meio a esforços para equilibrar as contas do clube e manter a estabilidade administrativa.

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