A casa de apostas VaideBet, patrocinadora máster do Corinthians, notificou o clube sobre sua insatisfação com as recentes notícias relacionadas à parceria e alertou que pode rescindir o contrato caso a situação não melhore, de acordo com o GE.
A empresa já havia expressado seu descontentamento à diretoria do Corinthians em uma reunião feira no dia 8 de maio. No dia seguinte, o clube emitiu uma nota oficial defendendo a legitimidade e idoneidade do contrato e solicitando respeito à parceira.
Contudo, na última segunda-feira, a VaideBet voltou a demonstrar insatisfação, desta vez por meio de um comunicado por e-mail. Na mensagem, a casa de apostas afirmou que sua imagem está sendo prejudicada e advertiu que, se o cenário permanecer inalterado, considerará mecanismos para encerrar o patrocínio.
Firmado no início deste ano por R$ 370 milhões, o acordo entre Corinthians e VaideBet tem duração de três anos. O contrato estipula que, na ausência de justa causa, a parte que desejar rescindi-lo deve pagar 10% do valor total restante. Atualmente, essa multa é de aproximadamente R$ 30 milhões.
O patrocínio máster vem gerando uma série de questionamentos internos e externos no Corinthians e está sendo investigado pelo Conselho Deliberativo do clube.
Membros da oposição alvinegra exigem esclarecimentos sobre o pagamento de R$ 25,2 milhões de comissão à empresa Rede Social Media Design. Ela pertence a Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, que trabalhou na campanha de Augusto Melo à presidência do Corinthians.
Essa informação foi amplamente divulgada por Rubens Gomes, o Rubão, ao deixar o cargo de diretor de futebol do clube, no início deste mês.
Na última segunda-feira, o “Blog do Juca Kfouri” noticiou que a Rede Social Media Design repassou parte do valor recebido em comissão a uma empresa “laranja” chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. Esta estaria em nome de Edna Oliveira dos Santos, uma moradora de Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, que desconheceria a existência da empresa.
O Corinthians se pronunciou sobre o caso por meio de uma nota oficial, reafirmando “que todas as negociações, incluindo patrocínios, foram conduzidas legalmente com empresas devidamente constituídas. O clube destaca que não é responsável por eventuais repasses de valores a terceiros. Se forem apresentadas provas de ilícitos, estes serão discutidos junto ao Conselho Deliberativo para as providências necessárias”.
A VaideBet acredita que toda essa cobertura negativa compromete o principal objetivo do patrocínio, que é dar credibilidade à marca.
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