Divergência entre comissão técnica e departamento médico gera tensão no Corinthians

O ambiente no CT Joaquim Grava tem sido marcado por tensões nas últimas semanas. A relação entre a comissão técnica comandada por Ramón Díaz e o departamento médico do Corinthians se deteriorou diante de recentes lesões no elenco e da insatisfação com a condução dos tratamentos dos atletas.

O técnico argentino, seus auxiliares e até alguns jogadores demonstram desconforto com a demora e a falta de clareza no processo de recuperação dos atletas lesionados. A percepção interna é de que o retorno aos gramados tem sido atrasado por decisões médicas consideradas excessivamente conservadoras.

Casos como os de Gustavo Henrique, com incômodo na coxa direita, Fabrizio Angileri, com lesão muscular na coxa esquerda e Igor Coronado, com trauma no ombro esquerdo intensificaram o atrito. Integrantes da comissão acreditam que ao menos dois desses jogadores já poderiam ter sido liberados para o clássico diante do Palmeiras, no último sábado, na Arena Barueri.

Após a partida, o auxiliar Emiliano Díaz externou publicamente a frustração.
“A verdade é que não sabemos quando esses jogadores voltam. Não saber e não ter um prazo preocupa bastante”, afirmou, de maneira direta.

Apesar do clima tenso, há expectativa de que Gustavo Henrique e Angileri sejam relacionados para o confronto contra o Fluminense, marcado para a próxima quarta-feira (16), às 19h30, na Neo Química Arena, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Já o goleiro Hugo Souza, com lesão no reto femoral da coxa direita, segue sem previsão de retorno.

Outro episódio que causou mal-estar no clube foi a escolha do meia Rodrigo Garro de buscar tratamento fora do país. Insatisfeito com o cenário no CT, o camisa 8 viajou à Espanha para tratar uma tendinopatia patelar no joelho direito com um especialista ligado ao atacante Memphis Depay. A expectativa é que o argentino esteja apto a retornar aos gramados em aproximadamente 50 dias.

No centro das mudanças, a médica Ana Carolina Ramos e Côrte, chefe do departamento médico do clube desde 2018, perdeu protagonismo nas decisões clínicas. Atualmente, o presidente Augusto Melo e o executivo de futebol Fabinho Soldado têm dado mais respaldo às avaliações do Dr. André Jorge, profissional que passou a integrar o clube com o início da nova gestão.

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