O presidente da torcida, Alexandre Domênico Pereira, gravou um vídeo esclarecendo que a Gaviões é contrária ao afastamento do atual mandatário Augusto Melo.
“A gente é contra por alguns pontos. Um deles é essa final de campeonato brasileiro. Matematicamente ainda não estamos fora do risco de rebaixamento, por mais que o time tenha melhorado demais. Ao nosso ver, esse momento turbulento do clube pode prejudicar os jogadores. Isso é muito grave.”
Atualmente, o Corinthians ocupa a nona colocação no Campeonato Brasileiro, com 44 pontos, e mantém chances de classificação para a primeira fase da Copa Libertadores, Sul-Americana, e uma possibilidade mais remota de rebaixamento.
“E a conclusão do inquérito policial, não está sob investigação? Então, por que antecipar se não tem uma conclusão de um inquérito policial? Não estamos por A, nem B. ‘Estamos’ pelo Corinthians. Se for comprovado que alguém prejudicou o Corinthians, seremos os primeiros a pedir o impeachment dele”, questionou Alexandre, referindo-se à investigação da Polícia Civil sobre possíveis irregularidades na intermediação do contrato entre o clube e a ex-patrocinadora Vaidebet.
O Conselho Deliberativo do Corinthians marcou a reunião para votar o impeachment de Augusto Melo. Os conselheiros decidirão pela permanência ou saída do presidente na próxima quinta-feira (28), no Parque São Jorge.
Em nota oficial, Augusto Melo defendeu o direito de apresentar sua defesa, classificando o processo como um “golpe”. Ele destacou que a situação pode desestabilizar o clube nesta reta final do Campeonato Brasileiro, além de comprometer o planejamento para a próxima temporada.
No dia 26 de agosto, cerca de 90 conselheiros de diferentes chapas e alas políticas do Parque São Jorge, reunidos no grupo “Movimento Reconstrução SCCP”, enviaram um documento com assinaturas ao presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr. O grupo se considera “apartidário”.
Os principais questionamentos dizem respeito ao patrocínio da Vaidebet e à intermediação do contrato, que se tornou uma das grandes polêmicas da gestão de Augusto Melo. O grupo baseia sua iniciativa no Artigo 106 – Inciso B, do estatuto do clube, que prevê que “acarretar, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians” é motivo “para requerer a destituição dos administradores (Presidente da Diretoria ou de seus Vice-Presidentes)”, além de “infringir, por ação ou omissão, expressa norma.”
