Empresa do U$ 1 bi não é banco

A GSP Banco de Fomento Mercantil Ltda, empresa apresentada pelo candidato à presidência do Corinthians, André Castro, como parceira de um aporte de até US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) no clube, não está registrada como banco nem como instituição financeira. Documentos oficiais apontam que a companhia, fundada em 2010 e sediada em Goiânia (GO), tem como atividade principal o fomento mercantil – o factoring.

De acordo com especialistas, factoring e banco são estruturas jurídicas e operacionais distintas. Enquanto bancos operam com recursos de terceiros e são regulados pelo Banco Central, factorings atuam com capital próprio e não possuem regulação da autoridade monetária. “Banco é uma coisa completamente diferente de factoring. Não tem absolutamente nada a ver uma coisa com a outra, dos pontos de vista legal, negocial e operacional”, afirmou o advogado Fabiano Jantalia, especialista em Direito Bancário.

Apesar da divergência de classificação, André Castro apresentou nesta quinta-feira (21) uma carta assinada por Carlos César Arruda, CEO da GSP, comprometendo-se com um investimento condicionado à sua eleição. O documento prevê recursos voltados à reestruturação financeira, modernização da Neo Química Arena, marketing e categorias de base. Procurada, a assessoria do candidato sustentou que a empresa é “um banco de fomento de negócios financeiros” com registro no Sisbacen, mas não apresentou comprovação formal junto ao Banco Central.

https://ge.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2025/08/22/empresa-que-candidato-diz-querer-investir-us-1-bi-no-corinthians-nao-e-banco-entenda-a-contradicao.ghtml

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